Miserável do homem
Que para se impor sobre seus irmãos
Espalha o medo
E dissemina o terror
Como pobre soldado
É incapaz de compreender
Que a manutenção do poder
Faz dele um explorado
Mais do que no bolso vazio
A pobreza tá no espírito
Na vileza cotidiana
De ser um comandado
Só mesmo muita mentira
Embrulhada em tradição
Pra transformar covardia
Em cumprimento de missão
Não, não sabem o que dizem
Muito menos o que fazem
Sua sede de poder
Só alimenta a engrenagem
Quando entenderão, ó vermes?
Que um homem de verdade
Não se esconde atrás de armas
Cometendo atrocidades
O seu sangue frio
Não revela nada além
Do seu enorme desespero
E grotesca falta de brio
Afinal, por trás de todo escudo
E de uma ameaça empunhada
Há sempre muita fragilidade
Mesmo em tinta camuflada
Acorda, homem-rato
E muda a tua direção
Quem sabe ainda haja para ti
Alguma salvação
De uma coisa você pode ter certeza
Na Vida ninguém entra
Com farda ou distinção
A beleza do existir reside na união
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