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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Valoração moral e decadência em Nietzsche


1 - Introdução

            Apesar de ter rejeitado a existência de uma natureza humana metafísica que conferisse ao homem qualquer sentido de unidade, fazendo-o sentir-se pertencente a uma humanidade, Nietzsche – como que por ironia do acaso – acabou por dedicar bom tempo de seus estudos ao desbravamento de uma questão compartilhada por grande parte dos seres humanos: as origens do bem e do mal.
            Tendo como referência principal a sua Genealogia da Moral, esse breve trabalho tem como objetivo a apresentação de alguns insights nietzscheanos a respeito da origem desses valores, e, especialmente, sua relação com a decadência do homem moderno. Para isso, serão apresentadas não só algumas considerações preliminares sobre a concepção nistzscheana do homem e do mundo, como, por fim, será oferecida, a título de conclusão, uma crítica onde se buscará questionar alguns pontos abraçados pelo filósofo alemão ao longo da construção de seu argumento.

2 – O homem e o mundo como Vontade de Potência

            Se há um conceito em Nietzsche que pode ser considerado central, permeando toda sua obra, certamente é o de Vontade de Potência. Numa espécie de radicalização da tese de Schopenhauer – de que a essência mais íntima do ser é a vontade de viver –, Nietzsche irá entender a vida como força, e uma força que tem em si mesma o seu ponto de aplicação. Em outras palavras, poder-se-ia dizer que viver, para Nietzsche, é sempre viver mais. Não em um sentido de longevidade, mas estando mesmo acima da maneira como se vive: é a vontade de viver como pura afirmação de si.
            Essa ideia será tão importante na filosofia nietzschena que será encontrada tanto como um conceito cosmogônico, quanto como um conceito histórico ou psicológico. O mundo, a história e o próprio homem são, assim, pensados por Nietzsche como um eterno devir resultante da ação de uma multiplicidade de forças. Em um de seus fragmentos póstumos, ele expõe essa ideia de forma bastante clara:

E sabeis o que é para mim ‘o mundo’? Devo mostrá-lo a vós em meu espelho? Este mundo: uma monstruosidade de força, sem início, sem fim, uma firme, brônzea grandeza de força, que não se torna maior nem menor, que não se consome, mas apenas se transmuda, inalteravelmente grande em seu todo, uma economia sem despesas e perdas, mas também sem acréscimo, ou rendimentos, cercada de ‘nada’ como de seu limite, nada de evanescente, de desperdiçado, nada de infinitamente extenso, mas como força determinada posta em um determinado espaço, e não em um espaço que em alguma parte estivesse “vazio”, mas antes como força por toda parte, como jogo de forças e ondas de força ao mesmo tempo um e múltiplo, aqui acumulando-se ali minguando, um mar de forças tempestuando e ondulando em si próprias, eternamente mudando, eternamente recorrentes, com descomunais anos de retorno, com uma vazante e enchente de suas configurações, partindo das mais simples às mais múltiplas, do mais quieto, mais rígido, mais frio ao mais ardente, mais selvagem, mais contraditório consigo mesmo, e depois outra vez voltando da plenitude ao simples, do jogo de contradições de volta ao prazer da consonância, afirmando a si próprio nessa igualdade de suas trilhas e anos, abençoando a si próprio como aquilo que tem de retornar, como um vir-a-ser que não conhece nenhuma saciedade, nenhum fastio, nenhum cansaço –: esse meu mundo dionisíaco do eternamente-criar-a-si-próprio, eternamente-destruir-a-si-próprio, esse mundo secreto da dupla volúpia, esse meu ‘para além de bem e mal’, sem alvo, se na felicidade do círculo não está nenhum alvo, sem vontade, se um anel não tem boa vontade consigo mesmo –, quereis um nome para esse mundo? Uma solução para todos os seus enigmas? Uma luz também para nós, vós, os mais escondidos, os mais fortes, os mais intrépidos, os mais da meia-noite? – Esse mundo é a vontade de potência – e nada além disso! E também vós próprios sois essa vontade de potência – e nada além disso! (NIETZSCHE, 1978, p.397) [1].

            Obviamente, essa afirmação encontra-se assentada sobre alguns axiomas. O primeiro, e que grita aos olhos, é a negação da existência de um Deus criador. Além disso, a quantidade total de força existente nesse universo de matéria não-criada não pode ser infinita, mas – antes – deve ser limitada. É somente a partir daí que Nietzsche poderá afirmar a eternidade do mundo e seu fluxo circular constante que não objetiva nenhuma finalidade específica.
            Assim, lançados rapidamente os pressupostos da filosofia nietzschena – mas de forma suficiente para o intuito deste trabalho –, pode-se partir com mais segurança para a análise das origens dos valores morais propriamente dita.

3 – As origens do Bem e do Mal

            Nietzsche inicia sua dissertação primeira da Genealogia da Moral dirigindo uma dura crítica aos psicólogos ingleses. Para ele, estes – como enigmas vivos – teriam algo mais interessante a revelar do que seus próprios livros, que careciam de um espírito histórico.
            O problema da genealogia da moral traçada por esses psicólogos ingleses é apontado por Nietzsche logo em seu início. Quando pretenderam precisar a origem do conceito e do valor “bom” – associando-o a uma ideia de utilidade das ações não egoísticas, que com o tempo teria sido esquecida, fazendo com que o conceito fosse assimilado por costume como “bom em si mesmo” –, eles não consideraram nem mesmo que o próprio sujeito – e, especialmente, o sujeito moderno, com seu pujante livre-arbítrio – é uma criação, uma invenção. E, para Nietzsche, não levar isto em consideração no estudo das origens da moral representaria um enorme equívoco (Cf. GLIKSMAN, 2001, p. 119) [2].
            Segundo Nietzsche, a maneira de agir e não agir do homem, assim como sua felicidade ou infelicidade, tem uma profunda relação com a fisiologia, afetando de forma surpreendente o pensamento (Cf. Ibidem, p.119,120). Assim é que, partindo de uma análise etimológica, ele irá negar toda essa construção de valores que se baseia na utilidade e no esquecimento, e irá apresentar o “bom” não como uma ideia que fundamenta as ações dos homens, mas identificando-o às próprias ações dos homens bons. Para ele,

o juízo ‘bom’ não emana daqueles a quem se prodigalizou a ‘bondade’. Foram os mesmo bons, os homens distintos, os poderosos, os superiores que julgaram ‘boas’ as suas ações; isto é, ‘de primeira ordem’, estabelecendo esta nomenclatura por oposição a tudo quanto era baixo, mesquinho, vulgar e vilão (NIETZSCHE, 2011, p.32) [3].

Assim, o homem não é definido moralmente por sua ação, mas – ao contrário – é sua ação que, ao revelar sua força, se apropria do ato como bom. Mas quem teriam sido esses primeiros homens bons?
            Em toda a filosofia nietzscheana há uma marca muito forte não só desse espírito histórico – historicista até – como, especialmente, de uma dicotomia que separa os homens em duas espécies, ou melhor, em dois tipos: o homem da moral nobre e o homem da moral escrava.
            O homem bom, dotado dessa força criadora e dessa vontade de potência que domina, obviamente, é identificado ao homem da moral nobre. A partir de seus estudos filológicos de análise etimológica do valor do “bom” em diferentes culturas, Nietzsche não só entendeu que o “bom” sempre esteve ligado a nobre, aristocrático, àquele privilegiado, como concluiu que sua criação como valor moral se deu como forma de expansão do poder, aumento do domínio sobre os escravos e, acima de tudo, como forma de demarcar linguisticamente aquilo que está dentro e aquilo que está fora dos interesses (Cf. EIZIRIK & TREVISAN, 2006, p. 366) [4]. Dessa forma, o que aparece por trás dessa ideia de valoração não é uma utilidade que, de antemão, pressupõe uma moderação, nem uma valiosidade, como afirmavam os historiadores da moral, mas – de outro modo – o poder que uma casta mais nobre possui de criar valores que demarquem hierarquias (MOREIRA, 2010, p. 189) [5].

É óbvio que as designações morais de valor, em toda parte, foram aplicadas primeiro a homens, e somente depois, de forma derivada, a ações: por isso é um grande equívoco, quando historiadores da moral partem de questões como "por que foi louvada a ação compassiva?". O homem de espécie nobre se sente como aquele que determina valores, ele não tem necessidade de ser abonado, ele julga: "o que me é prejudicial é prejudicial em si", sabe-se como o único que empresta honra às coisas, que cria valores. Tudo o que conhece de si, ele honra: uma semelhante moral é glorificação de si (NIETZSCHE, 2001, p. 172-3) [6].

            Assim, se o homem da moral nobre tem esse poder de criar valores e demarcar hierarquias de forma positiva, o mesmo não acontece com o homem da moral escrava. Enquanto o primeiro – com seu estado de alma elevado que o distingue e determina hierarquias – age de forma afirmativa, simplesmente desprezando e afastando de si os seres que exprimem o contrário desse estado de orgulho, considerando-os apenas como ruins, o segundo – por sua vez – age somente de forma reativa e a partir de uma negação.
            É extremamente importante ressaltar aqui que essa reatividade da moral escrava tem como fundamento o ressentimento. O homem da moral escrava é, para Nietzsche, antes de tudo, um ressentido.

Relacionado a um problema fisiológico, o ressentimento serve para evidenciar aquele homem sem forças para reagir diante dos imprevistos e das dificuldades da vida e que, também, não consegue digerir os maus sentimentos, aqueles sentimentos nocivos, venenosos, produzidos por sua incapacidade de realizar “a verdadeira reação, a dos atos (NIETZSCHE, 2006, p. 29 apud MOREIRA, Op. Cit., p. 188).

            Assim, não podendo viver de forma espontânea e ativa, esse indivíduo ressentido passaria a viver em função de “um fora”, de “um outro”, de “um não-eu”, transformando esse Não em seu ato criador (Cf. MOREIRA, Op. Cit., p 188).
É de fundamental importância perceber que a distinção que se faz aqui não é mais entre bom e ruim, como no caso da moral nobre, mas entre bom e mau. O homem da moral escrava para se perceber como bom depende – antes – da afirmação do outro como mau. É a clássica lógica do tu és mau, logo eu sou bom.
Como consequência desse ressentimento e dessa sensação de impotência diante da realidade, surge no homem da moral escrava o desejo de vingança em relação àqueles que o desprezaram. E é exatamente dentro desse contexto de ideias que Nietzsche irá relacionar o advento do cristianismo à decadência do homem moderno.
Em seu entendimento, teria sido o cristianismo o principal responsável pela transmutação conceitual dos valores bom e ruim, provenientes da moral nobre, nos conceitos bom e mau, característicos da moral escrava. Sustentar essa posição, entretanto, não foi fácil. Nietzsche teve que, para isso, não só recorrer às raízes judaicas do cristianismo, como, principalmente, postular o povo judeu como “o povo sacerdotal do ressentimento par excellence” (NIETZSCHE, 2006, p.44, apud MOREIRA, Op. Cit., p.189). Segundo ele:

Na história universal, os grandes odiadores sempre foram sacerdotes, também os mais ricos de espírito — comparado ao espírito de vingança sacerdotal, todo espírito restante empalidece. A história humana seria uma tolice, sem o espírito que os impotentes lhes trouxeram — tomemos logo o exemplo maior. Nada do que na terra se fez contra “os nobres”, “os poderosos”, “os senhores”, “os donos do poder”, é remotamente comparado ao que os judeus contra eles fizeram; os judeus, aquele povo de sacerdotes que soube desforrar-se de seus inimigos e conquistadores apenas através de uma radical tresvaloração dos valores deles, ou seja, por um ato da mais espiritual vingança. Assim convinha a um povo sacerdotal, o povo da mais entranhada sede de vingança sacerdotal. Foram os judeus que com apavorante coerência ousaram inverter a equação de valores aristocrática (bom = nobre = poderoso = belo = feliz = caro aos deuses), e com unhas e dentes (os dentes do ódio mais profundo, o ódio impotente) se apegaram a esta inversão, a saber, “os miseráveis somente são os bons, apenas os pobres, impotentes, baixos são bons, os sofredores, necessitados, feios, doentes são os únicos beatos, os únicos abençoados, unicamente para eles há bem aventurança — mas vocês, nobres e poderosos, vocês serão por toda a eternidade os maus, os cruéis, os lascivos, os insaciáveis, os ímpios, serão também eternamente os desventurados, malditos e danados!... (NIETZSCHE, 1998, p.25-6) [7].

Assim, a partir dessa transmutação dos conceitos, a aristocracia sacerdotal teria criado valores em forma de cura para as supostas doenças da humanidade. E, dentre esses remédios, certamente, o principal teria sido a própria ideia de Deus e de verdade suprema. Com isso, associando a ideia de verdade à de juízo de valor, a aristocracia sacerdotal teria triunfado, codificando e simplificando o mundo em detrimento da multiplicidade, da variedade e do movimento.
O grande problema, para Nietzsche, é que esse tipo metafísico de conhecimento teria como único objetivo criar uma identidade e uma unidade que a vida não tem. Em seu entendimento, o conceito de verdade parte de uma avaliação da vida que nega o fluxo, o movimento, a guerra de forças. Portanto, a verdade não poderia ser usada como critério de avaliação da vida. Só a própria vida possuiria esse critério (Cf. MOREIRA, Op. Cit., p.190).
O que Nietzsche está – ousadamente – afirmando é que aquilo que ele denomina decadência do homem moderno teve início com os judeus e sua rebelião escrava na moral, e triunfou com o amor cristão – este não como uma negação do ódio judeu, mas como coroamento dele.

E o que se vê com essa cultura do ressentimento é a vontade de dominar o animal de rapina que existe no homem, dominá-lo e depois de vencidos e dominados os ideais do homem nobre, conservar suas ficções como os verdadeiros objetos da cultura promovendo um autêntico retrocesso para a humanidade. E é a isso que hoje devemos temer, ao “homem manso”, que forjado por essa cultura possa se sentir como apogeu e meta. Para Nietzsche, não se pode ter mais amor e respeito ao homem enquanto este se mantiver preso a esta cultura (Ibidem, p. 191).

4 - Conclusão

O que fica claro ao longo de todo esse empreendimento de busca das origens dos valores morais é que Nietzsche – à semelhança dos psicólogos ingleses à quem dirige suas críticas – também acaba se mostrando um grande enigma vivo com muito mais revelações a oferecer do que seus próprios livros.
Filho de pastor luterano, o filósofo alemão deixa transparecer ao longo de sua filosofia todos os conflitos inerentes a uma vida que se desenvolve no interior de um ambiente religioso formal e altamente opressor. Não por acaso, nem por alguma evidência histórica, seu pressuposto fundamental é a negação da existência de Deus e a consequente eternidade do mundo.
Assim, partindo desse ponto de vista, não é de se admirar que toda uma filosofia que se sustenta sobre a separação dos homens em tipos, naturalizando a dominação dos mais fortes sobre os mais fracos, tenha partido – ela mesma – de uma negação, ironicamente a marca principal do homem ressentido.
Como afirma Mário Ferreira dos Santos em seu prefácio à Genealogia da Moral – obra da qual também é tradutor, se as acusações que os adversários de Nietzsche lhe fazem não procedem e, muitas vezes, devem, com razão, serem consideradas injustas,  não procediam também as acusações disparadas por Nietzsche àqueles a quem tanto atacou. Não todas, pelo menos.

Se não é Nietzsche o ‘louco degenerado’, porque havia grande religiosidade em sua alma, como o demonstrou em ‘Zaratustra’ e tivemos naquela obra a oportunidade de provar, se ele não ‘podia crer’, na verdade, o de que descria era a caricatura que ele formava, seguindo, neste ponto, as influências de tantos inimigos do cristianismo. E, aqui, foi ele bem frágil e ‘bem rebanho’, pois deixou-se acaudilhar por todos os grandes acusadores que inflamaram, através dos tempos, uma religião que, se deu homens que não estavam à sua altura, não deixa, contudo, de representar o que de mais alto o homem conheceu (NIETZSCHE, 2011, p.15)

Dessa forma, ao dedicar boa parte de seus escritos ao ataque do cristianismo, pode-se concluir que, baseado em seu próprio argumento, restou como saída ao filósofo alemão apenas duas possibilidades: reconhecer a incoerência e o reducionismo de uma filosofia asfixiada pela história; ou, de outro modo, confessar a si mesmo como um representante – empenhado – da moral escrava.

5 - Referências Bibliográficas:

- EIZIRIK, M. F. & TREVISAN, J. F.. Da Genealogia da Moral à Moral do Ressentimento: A Crueldade nos Bons Costumes. In: Psicologia, ciência e profissão, vol. 26, Nº 3. Brasília, Setembro de 2006. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/pcp/v26n3/v26n3a03.pdf > Acesso em: 10 outubro 2012.
- MOREIRA, Antônio Rogério da Silva. Nietzsche: o Ressentimento e a Transmutação Escrava da Moral. In: Argumentus Revista de Filosofia, Ano 2, N°. 3 – 2010. Disponível em: <http://www.filosofia.ufc.br/argumentos/pdfs/edicao_3/25.pdf  > Acesso em: 10 outubro 2012.
- NIETZSCHE, Friedrich. Além do bem e do mal. [Tradução: Paulo César de Souza]. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
- ____________________. Genealogia da Moral. [Tradução: Paulo César de Souza]. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
- ____________________. Genealogia da Moral. [Tradução: Mário Ferreira dos Santos]. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
- ____________________. Obras incompletas. [Tradução: Rubens Rodrigues Torres Filho]. São Paulo: Ed. Abril, 1978.




[1] NIETZSCHE, Friedrich. Obras incompletas. [Tradução: Rubens Rodrigues Torres Filho]. São Paulo: Ed. Abril, 1978.
[2] GLIKSMAN, Selmo. A ética do sobre-humano. 2005. Tese de Doutorado. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2001.
[3] NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da Moral. [Tradução: Mário Ferreira dos Santos]. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
[4] EIZIRIK, M. F. & TREVISAN, J. F.. Da Genealogia da Moral à Moral do Ressentimento: A Crueldade nos Bons Costumes. In: Psicologia, ciência e profissão, vol. 26, Nº 3. Brasília, Setembro de 2006. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/pcp/v26n3/v26n3a03.pdf > Acesso em: 10 outubro 2012.
[5] MOREIRA, Antônio Rogério da Silva. Nietzsche: o Ressentimento e a Transmutação Escrava da Moral. In: Argumentus Revista de Filosofia, Ano 2, N°. 3 – 2010. Disponível em: <http://www.filosofia.ufc.br/argumentos/pdfs/edicao_3/25.pdf  > Acesso em: 10 outubro 2012.
[6] - NIETZSCHE, Friedrich. Além do bem e do mal. [Tradução: Paulo César de Souza]. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

[7] NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da Moral. [Tradução: Paulo César de Souza]. São Paulo: Companhia das Letras,1998.

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