A boca fala do que o coração tá cheio

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Pela não criminalização da vida: viva o balão!





Eu agradeço ao filme dos balões por ter me mostrado algo sobre o qual eu não tinha a menor ideia, de uma forma que foi lindamente ao encontro de uma série de “coisas” – que não sei nem o nome – que têm acontecido dentro de mim ultimamente, o que gerou em mim um estado de existência delicioso e angustiante. Mas angústia boa. Mas, angústia. Mas, boa. Tipo isso: uma coisa boa, muito boa, mas que parece que vai te explodir, te virar do avesso, te envergar. Cansa um pouco. E não dá vontade que acabe.
Ah, eu agradeço ao filme dos balões porque ele me falou sobre vida. Uma vida escondida dos sábios, mas que tá aí. E quanta vida! Quanta beleza! A vida caminhando no limite entre o fogo e o papel. Que perigo. Dos melhores que já vi!
Eu agradeço ao filme dos balões porque ele me ensinou que tradições não podem ser proibidas. Aliás, ele me ensinou que existe uma esfera inteira de coisas – que acho que se chama vida mesmo – que não pode ser proibida. As autoridades e as leis que nos perdoem, mas a vida precisa acontecer. Não que ela precise mesmo. Ela só acontece. E é tão bom só acontecer.
Eu agradeço ao filme dos balões porque ele me fez ver o balão como artista. E como artista mesmo. Porque depois que rompe o céu, o negócio é com ele. Ele não só ganha vida e autonomia, mas é como se ele mesmo fosse a própria vida. Indo como a vida vai. Sendo como a vida é. Pode destruir? Pode...
 O problema é que quando a destruição não assusta, é assustador. 
 Assustadoramente bom.


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