Eu
agradeço ao filme dos balões por ter me mostrado algo sobre o qual eu não tinha
a menor ideia, de uma forma que foi lindamente ao encontro de uma série de “coisas”
– que não sei nem o nome – que têm acontecido dentro de mim ultimamente, o que
gerou em mim um estado de existência delicioso e angustiante. Mas angústia boa.
Mas, angústia. Mas, boa. Tipo isso: uma coisa boa, muito boa, mas que parece
que vai te explodir, te virar do avesso, te envergar. Cansa um pouco. E não dá
vontade que acabe.
Ah,
eu agradeço ao filme dos balões porque ele me falou sobre vida. Uma vida
escondida dos sábios, mas que tá aí. E quanta vida! Quanta beleza! A vida
caminhando no limite entre o fogo e o papel. Que perigo. Dos melhores que já
vi!
Eu
agradeço ao filme dos balões porque ele me ensinou que tradições não podem ser
proibidas. Aliás, ele me ensinou que existe uma esfera inteira de coisas – que
acho que se chama vida mesmo – que não pode ser proibida. As autoridades e as
leis que nos perdoem, mas a vida precisa acontecer. Não que ela precise mesmo.
Ela só acontece. E é tão bom só acontecer.
Eu
agradeço ao filme dos balões porque ele me fez ver o balão como artista. E como
artista mesmo. Porque depois que rompe o céu, o negócio é com ele. Ele não só
ganha vida e autonomia, mas é como se ele mesmo fosse a própria vida. Indo como
a vida vai. Sendo como a vida é. Pode destruir? Pode...
O problema é que quando a destruição não
assusta, é assustador.
Assustadoramente bom.
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