A boca fala do que o coração tá cheio

quarta-feira, 23 de julho de 2014

O caminho da serpente


Silêncio profundo
Prudência sinuosa
A serpente solitária
Avança sorrateira

Chama acesa no olhar
Corpo junto ao pó
Observa o derredor
Faz da terra seu altar

Mistério traz na boca
Onde guarda seu poder
O veneno inoculado
Aniquila ou faz viver

Tem na morte companheira
Que renova os horizontes
Adornando seu chocalho
A cada pele que se vai

No coração da mata virgem
Segue seu instinto
Desbrava cada canto
Obedecendo ao seu destino





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