A boca fala do que o coração tá cheio

segunda-feira, 2 de março de 2015

O corpo


Morada dos deuses e demônios
Rio da alma
Onde corre e ocorre o oculto

Por ele escorrem a dor e a lágrima
Nele dançam suor e alegria

Vibra ao som de nossas águas
Imerso no mar das sutilezas
E ao firme toque do tambor
Precipita-se em movimento

De cima a  baixo relampeja
Da terra ao céu ouvem-se as luzes
Sobe e desce a ardente chama
No desenho infinito da serpente

Amigo das alturas
Abrigo das profundezas
Ocaso do manifesto
Salve o corpo!
Vivam os pés que tocam o chão!

Louvado seja o pó da terra
Louvado o torno eterno da existência
Mão que molda o barro no Amor
Tornando o criado 
Criador








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