No entre do encontro
A latência manifesta
É como a festa da potência
Que no dar-se ao outro
Recebe como troco
O ouro de si mesmo
Na ação da relação
O um se abre ao dois
Dois se tornam Um
Unidos
Contemplam o alvorecer e o florescer
Do melhor de cada ser
Uma ciranda de delícias
Onde opostos não se opõem
Mas no perfeito encaixe da engrenagem
Gira livre o mais profundo
Descortinando a cada passo
Mistérios do ir junto
Bendito seja o homem
Que topando em seu destino
Não contente com a metade
Lançou-se por inteiro
No penhasco do Amor
Abismo da alteridade