A boca fala do que o coração tá cheio

domingo, 30 de março de 2014

Nadando mudo na mudança do nada



O nada é estranho
Presença infinita
De uma ausência que não falta
Embebida em preciosos tons

O nada é cheio
O nada geme
Aperta
Suspira

O nada vai
O nada dói
Esvazia
Esvai

O nada vibra
O nada morre
A morte vive
E tudo é bom

O nada muda
O nada passa
O mar acalma
E já não é

O nada transmuta
O nada rasga
Acolhe o conflito
E lança Luz

O nada é graça
Martelo necessário
Sempre a desconstruir
Quem precisa ir



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