O nada é estranho
Presença infinita
De uma ausência que não falta
Embebida em preciosos tons
O nada é cheio
O nada geme
Aperta
Suspira
O nada vai
O nada dói
Esvazia
Esvai
O nada vibra
O nada morre
A morte vive
E tudo é bom
O nada muda
O nada passa
O mar acalma
E já não é
O nada transmuta
O nada rasga
Acolhe o conflito
E lança Luz
O nada é graça
Martelo necessário
Sempre a desconstruir
Quem precisa ir
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