Quem com sede
Na Terra foi lançado
Sob os pés
Traz o fio da navalha
É alma que clama
Desejosa de retorno
Tendo na eternidade
O único consolo
Eterno agora
De um presente dadivoso
Que desconhecendo o porvir
Tem o tempo como adorno
É um fogo que arde
Como motor da existência
Movimentando a vida
Conservando só a essência
O ser assim constituído
Habita numa ponte
Que de seu ponto mais alto
Pode ver o horizonte
Logo abaixo de seus olhos
De cada lado há uma cidade
A Ilha da Loucura
E o Recanto da Serenidade
Terras abundantes
Cada uma à sua maneira
Que alimentam os viajantes
Com fartura hospitaleira
Entrepostos de sabedoria
Que oferecem experiências
E nas lições do dia-a-dia
Compartilham sua ciência
Feliz é o homem
Que transitando em liberdade
Não despreza as riquezas
De ambas as cidades
De ambas as cidades
Sintetizando todo o bem
Tem na ponte o seu caminho
E no abrir do coração
Faz-se amigo da humildade
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